Estar num lugar não significa "estar ali". Fisicamente talvez. Espiritualmente, nem sempre. Algumas vezes por que estamos onde não queriamos estar. Todo mundo estava indo, fomos convidados e quando demos conta lá estávamos no meio da multidão. Mas não estávamos. Só parecia que estavamos lá.
Nos deslocamos mentalmente para um outro lugar.
Essa tremenda capacidade do ser humano de se sentir só.
Nem sempre é bom estar presente de corpo e alma em todos os lugares.
A multidão normalmente grita e faz alarde por coisas de menor importancia.
Ou pelos motivos errados.
Mas há lugares que devemos estar, integralmente.
Sentidos, emoções, pensamento e reações.
Há aquele que se isola, ele se perde dentro de si mesmo. Ele perde o contato com a humanidade
e mora como um ermitão dentro dele mesmo.
Não percebe que está sendo conduzido por um caminho perigoso, o de se tornar
uma pessoa distante ainda quando presente. O mundo real é feito de gente, pessoas nos
"cutucando" o tempo todo, em que nos relacionamos, ouvimos, interagimos, somos
empurrados pelos amigos em determindas direções.
Não há como vivermos para nós mesmos. A vida não está em nós. Está ao nosso redor.
Não somos completos em nós mesmos. A riqueza de nossa existencia é diretamente proporcional
a capacidade de corrermos distancias cada vez maiores e interagirmos com outras pessoas de um
modo amoroso.
A alma humana não reside na escuridão, não cresce no isolamento, necessita da amizade,
da alegria que habita no coração ao lado.
Nós somos participes de lágrimas que não choramos, de gritos que não emitimos.
Somos ligados intimamente a terra que nos sustenta e as pessoas que dependem de nós,
que também como nós, só podem viver de modo pleno se relacionando.
Não há recursos que nos sustentem dentro de nós mesmos.
Eles foram distribuidos nas mãos de outros seres humanos.
Esse é um dos grandes mistérios da vida.
Welington Corporation
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