segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sadraque, Mesaque e Abdnego.

O Livro de Daniel cita que após interpretar o sonho que o rei Nabucodonosor esqueceu (!!!) ele é investido num alto cargo governamental. E solicita ao rei que nomeie como oficiais do governo seus amigos que vieram deportados com ele de Judá, . Misael, Ananias e Asarias, que receberão como de costume, nomes babilônicos que celebravam suas divindades. Os oficiais eram chamados de nomes que homenageavam os deuses de Babilonia. Misael seria apelidado de Sadraque, Ananias de Mesaque e Azarias de Abdenego.

A civilização Babilonica realiza todas suas grandes obras baseadas em tijolos. Mesmo a escrita se baseia numa adequação do uso do barro para a confecção de tábuas ou tabletes onde seriam redigidos os textos legais, técnicos ou religiosos. Os tijolos para construção eram na maioria crus, e para determinadas aplicações eram cozidos em  fornalhas. Haviam dezenas delas espalhadas nas cidades em crescentes expansões. Numa tentativa de auto-exaltação o rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro puro com cerca de 27 metros de altura,  que continha sua imagem e exige uma consagração com uma festa com centenas de músicos e convocando todos os prefeitos, governadores, administradores, príncipes e oficiais do reino para sua homenagem compulsória. A estátua foi estrategicamente colocada em um lugar de grande visibilidade, e diante de milhares foi realizado um espetáculo de danças e festejos e um proclamação solene de que todos deveriam se curvar e adorar a estátua criada por ordem real.Centenas ou milhares de pessoas se curvaram no momento especificado para tal, pre-anunciado com acordes ou a melodia de uma grandiosa orquestra. Menos três sujeitos. Três oficiais que aprenderam que somente o criador dos céus e da terra poderia receber tal tipo de reverencia. E esse Deus altíssimo não era ou poderia ser representado por uma imagem de escultura.  O resultado dessa atitude foi a condenação à morte, sendo atirados vivos dentro de uma dessas fornalhas, aquecidas muitas vezes acima de sua temperatura de trabalho usual.
Os que testemunham o fato vêem os soldados encarregados de lançar no fogo aos três homens morrerem por não suportar a temperatura da fornalha superaquecida.
Porém os  três homens lançados não morrem.
E nem se queimam.

Milhares de nomes se perderam na história das realizações humanas. Assim como as evidencias de histórias e de eventos fantásticos ocorridos em eras remotas. Por muitos anos milhares de intérpretes das Escrituras legaram a existência desses três homens a categoria de ficção ou romance, como uma parábola piedosa sobre a convicção de judeus que mesmo diante da morte certa não negaram sua fé. Mas em 1993 encontram um prisma de argila com cinco faces, uma estela similar a utilizada pelos reis sumerianos, pelas civilização assyria e pelos povos da mesopotâmia para proclamações de alta importância governamental. Essa pedra encontrada na Babilonia possuía uma lista de nomes e de suas funções na alta administração no governo de Nabucodonosor.

Nesse prisma de argila de cinco faces encontradas na Babilônia e abrigado agora no museu de Istambul há uma lista de homens e seus títulos. Três homens listados no prisma têm pronúncias que são muito semelhantes ao nomes dos três amigos de Daniel.
 
Encontrado na lista é o nome Ardi-Nabu, oficial do príncipe real. Este nome é o equivalente ao aramaico nome Abednego e pode ser de fato a primeira menção de um dos amigos de Daniel encontrado fora da Bíblia. Outro nome encontrado na lista é Hanunu, como comandante-de mercadores do rei. o nome Hanunu é o equivalente do Babilônia para o Nome hebraico Hananias.

Outro nome inscrito na lista é Mushallim-Marduk, que era um funcionário de Nabucodonosor. Marduk era o nome de um Deus babilônico. Se Marduk é deixado de fora o nome, nós temos  Mushallim que pode se referir a forma aramaica de Misael.

Parte do livro de Daniel é escrito em aramaico, mesma linguagem da corte da Babilonia a época do livro.O aramaico de Daniel é muito mais antigo que o dos manuscritos do mar morto encontrados em 1947.
O Livro de Daniel é por si só uma fortaleza lingüística contra os inúmeros ataques contra sua datação ou legitimidade. Suas profecias são tão grandiosas, a cobertura da ascensão babilônica e medo-persa narradas de quem as vive no epicentro dos acontecimentos é tão fantástica que suscitou hordas de teólogos racionalistas que negaram veementemente a possibilidade de que ele tivesse ocorrido antes do cumprimento das coisas que descreve. O futuro próximo está descrito em visões se casam com os acontecimentos futuros como se quem delas as escreveu já as conhecesse integral e intimamente. E no meio das coisas assombrosas narradas pelo profeta a narrativa de três homens que enfrentaram a fornalha e a venceram. E como testemunho singelo Deus preservou também um documento, basicamente o de sua nomeação aos cargos públicos.
Sadraque, Mesaque e Abdenego sobreviveram a uma guerra que trucidou seu país, que destruiu sua nação, sobreviveram a viagem a um país desconhecido. Quando jovens se destacaram pela inteligência e foram incluídos no grupo de astronomia, astrologia e magia,  fazendo parte de um grupo de cientistas e místicos da corte de Babilônia. Já eram contados como participantes, novatos, do grupo de magos quando um decreto real manda matar a todos os conselheiros reais, em virtude de um sonho esquecido do supersticioso Nabucodonosor. No mundo de outrora os sonhos indicavam o caminho, pressagiavam o amanhã e deles poderia depender todas as decisões de um soberano. O rei enlouquecia com a forte intuição de que o sonho que tivera era mais que um sonho, mas que por mais que lutasse não conseguia se lembrar. E os sobreviventes da guerra sobrevivem pela segunda vez quando seu amigo Daniel recebe a interpretação do sonho que o rei esqueceu.
A placa da nomeação dos três jovens como oficiais de Nabucodonosor é anterior ao terceiro evento.

Eles ainda não sabem o que o futuro lhes reserva.

Mas nós sabemos.

E fica um testemunho da história feito em argila.

Argila cozida em um forno.

(HUAHHUAAHAUAUAHAHAHAHAHAUAHAUAHAUAHUAHUAHUA!!!!!!)



Trecho de Texto traduzido 

fo livro  BABYLONIAN AND ASSYRIAN HISTORICAL TEXTS
" the chief master-of-ceremonies: Nabuahusur, the chief
of the engineers; Mushallim-Marduk, Nabu-ushibshi
(and) Eribshu, the overseers (lit.: heads) of the slavegirls,
Nabubelusur, overseer of the slave-girls, Nabuzeribni,
the cupbearer, Nergalresua, the chief of the
singers, Ardi-Nabu, the sipiru -official' of the crown
prince, Eaidanni, the chief of the cattle: Rimutu, the
chief of the cattle, Nabumarsharriusur, the chief of the
sailors, (and) Hanunu," the chief of the royal merchants;
( and as) the officials of the country Akkad (i.e.
Babylon):7 Eadaian, the governor of the Sea(-Country),
Nergalsharusur, the Sln-magir,8 Emuqahi( ?), (the governor)
of Tupliash, Belshumishkun (the governor) of
Puqudu, Bibbea, the Dakkurean," Nadinahi, the "official"'
o of Der, Marduksharusur (the governor) of
Gambulu, Marduksharrani, the district officer of Sumandar,
Belidarum, the Amuqean," Rimutu, the regular
governor of Zame, Beletirnapshate, the governor
of Iaptiru, the "official"IO

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