terça-feira, 3 de maio de 2011

Genesis 31

Genesis 31

7 Mas vosso pai me tem enganado, e dez vezes mudou o meu salário; Deus, porém, não lhe permitiu que me fizesse mal.
8 Quando ele dizia assim: Os salpicados serão o teu salário; então todo o rebanho dava salpicados. E quando ele dizia assim: Os listrados serão o teu salário, então todo o rebanho dava listrados.
9 De modo que Deus tem tirado o gado de vosso pai, e mo tem dado a mim.
10 Pois sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, levantei os olhos e num sonho vi que os bodes que cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malhados.
11 Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui.
12 Prosseguiu o anjo: Levanta os teus olhos e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te vem fazendo.
13 Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te, pois, sai-te desta terra e volta para a terra da tua parentela. 

Por muitos anos Jacó trabalhou para seu sogro, um rico dono de rebanhos de animais na arábia. E em todos os anos de seu trabalho de todas as maneiras seu sogro tentou tirar vantagens, imaginando acordos e negócios que eram sempre desvantajosos para Jacó, com o intuito de fazer com que ele permanecesse para toda vida em sua dependencia, ou mesmo inviabilizasse qualquer alternativa de via em que ele pudesse assumir os próprios rumos de seus negócios. Lutou incessantemente para que essa independencia financeira jamais fosse alcançada. Como um comerciante sem pudor, como um gerente sem qualquer consideração por recursos humanos, propôs negócios e salários que em qualquer outra situação teriam conduzido Jacó a bancarrota e mesmo a ter que negociar a venda do direito de sua liberdade. Conhecedor dos tempos, dos segredos da criação pastoril, das tradições ancestrais adquiridas em centenas de anos de criação de animais no deserto, herança de criadores de gado pasada de pai para filho, suas técnicas, suas observações, a capacidade de reprodução de determinadas raças e o fruto de cruzamentos que poderia em caso de erro levar um rebanho a extinção por esterilidade, Labão o sogro encaminhava Jacó sempre para uma recompensa inexistente, uma promessa de prosperidade inócua, uma possibilidade remota de sucesso, conduzindo sempre a uma condição desconfortável salarial. Mas jacó não negociava salário com um orfão. Jacó tinha um pai. Um pai que observou as tentativas de um homem destruir o futuro de seu filho. Então esse pai intervém na história e transforma a sentença de fracasso em promessas de vida. A expectativa de insucesso em algo extraordinariamente agregador. Labão empurra Jacó contra a parede da probabilidade, conduzindo-o sempre na direção do desastre absoluto. Mas o Pai irá mudar as probabilidades. E a cada mudança de paradigma, a cada mudança de posicionamento de um comerciante anti-ético, Deus transforma propositalmente uma condição expúria numa condição de abundancia. Onde tudo dizia ser impossivel de ocorrer, ali Deus multiplicou as possibilidades e mesmo quando todas  as condições do jogo eram modificadas em meio a partida, o Justo Juiz mudava não as regras pre-estabelecidas com base num acordo torto, mas a propria essencia de todo o resto, de todo o resto do universo. As regras de Labão valiam em seu mundo. Não na esfera do mundo de Deus. As regras de Labão se baseavam em na experiencia de seus ancestrais. A resposta de Deus em sua própria eternidade. Ele imaginava o fracasso para Jacó, mas Deus estabelecia a vida.  Então o improvavel se tornou LEI, a excessão a regra, o impossivel ocorreu e após anos de traição o resultado foi que o rico LABÃO EMPOBRECEU E O POBRE JACÓ
enriqueceu. 
Welington José Ferreira


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